MAIS SOFRIMENTO!! Petrobras Vai Desativar 24 Unidades no RN

Créditos: Morais NetoNo Campo de Ubarana, a PUB-2 está povoada, mas sem operação

Pelo menos 45 plataformas de produção de petróleo e gás natural instaladas em Estados do Nordeste e Sudeste vão ser desligadas neste mês de abril. Em carta a sindicatos de petroleiros, a Petrobras informou a paralisação das unidades, o que pode significar demissões e remanejamento de pessoal. 

O Rio Grande do Norte será o Estado mais afetado com a desativação de 24 unidades, que somam 2,4 mil barris por dia (bpd). De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN), com essas sobe para 29 o número de plataformas hibernadas no Estado. Juntas, elas poderiam produzir 7 mil bpd.

No Campo de Ubarana, a 13 km da costa do município de Guamaré, e que tem 14 plataformas, pelo menos três plataformas -   PUB-1, 2 e 3, que são as plataformas mais ativas estão povoadas, mas sem operação, segundo o Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro-RN). O mesmo ocorre no Campo de Pescada. "Aqui [no Rio Grande do Norte] praticamente parou tudo. Não sei informar o número. Mas no Campo de Ubarana e no Campo de Pescada houve uma mudança de regime. Elas estão habitadas (as PUBs) só no sentido de manter a unidade povoada, mas sem operação", afirmou o diretor do Sindipetro/RN, Rafael Matos.  Ubarana foi o primeiro campo descoberto na costa de Guamaré e está em operação desde 1976.

 Os cortes vão atingir três bacias - Campos, no Rio de Janeiro, Ceará-Piauí e Potiguar, que representam 10,3 mil bpd de produção, o equivalente a menos de 10% da meta de corte. 

Na Bacia de Campos, foram paralisadas seis unidades, que juntas somam produção de 5,4 mil barris por dia (bpd), segundo dados do boletim divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na bacia do Ceará-Piauí, mais nove vão ser desligadas em quatro campos, o que representa menos 2,4 mil bpd. 

Trabalhadores relatam ainda a parada de duas plataformas na Bacia de Campos, a P-43 e P-48, instaladas no campo de Barracuda, que somam 43,5 mil bpd.Mas a paralisação dessas unidades ainda não foi formalizada pela empresa.

Justificativas 

Segundo a Petrobras, o corte de produção faz parte da série de medidas que estão sendo tomadas pela empresa para fazer frente à atual crise do petróleo, em que o barril baixou ao patamar dos US$ 20. Para a empresa, com essa cotação, muitos dos seus ativos passaram a ser inviáveis e, mais do que nunca, o foco da companhia passou a ser o pré-sal.

Na carta, a empresa oferece três opções aos empregados das unidades que vão ser temporariamente desligadas: a realocação interna de acordo com a necessidade da empresa, a adesão ao plano de demissão voluntária e o desligamento individualmente por acordo. O questionamento dos sindicatos é sobre a capacidade da empresa de reter o grande número de funcionários que ficaram sem atividade, um volume de pessoas que tende a crescer ainda mais.

“A Petrobras ainda não transferiu, mas já definiu para que local eles vão (trabalhadores da região marítima), que é a Refinaria de Manaus (ReMan). Só que tem um grande problema, porque a Reman é uma das plataformas que estão no plano de desinvestimento da empresa. 32 trabalhadores que trabalham nas concessões de terra, forma comunicados de suas transferências para o Estado da Bahia, em uma refinaria que também está nos planos de desligamento. Os trabalhadores estão indo para essas regiões de desinvestimento e o sindicato teme por uma demissão, já que a Petrobras não tem respeitado o Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê que não haja demissões em massa”, afirma Rafael Matos.

#Fonte: Tribuna do Norte