A Série B do Campeonato Brasileiro foi vivida com muita apreensão
pelos torcedores de ABC e América. As equipes conseguiram escapar do
risco de rebaixamento apenas na penúltima rodada da competição e
acabaram a temporada com o sentimento de dever cumprido. A derrota do
Paysandu foi o bastante para fazer os americanos entrarem para jogar
contra o São Caetano sem o menor grau de preocupação com o resultado. Já
o ABC, teve de conquistar uma vitória na base da raça sobre o Avaí, no
Frasqueirão.
A competição foi de muitos atropelos para os potiguares, que estiveram na lista de clubes que mais trocaram de técnicos. O América iniciou a série B sob comando de Roberto Fernandes, que resistiu apenas 10 rodadas, caindo na goleada sofrida pelo Paraná, ocasião em que o clube se encontrava na penúltima colocação. Argel Fucks escolhido para o cargo, fez sua estreia na rodada seguinte, dia 26 de julho, e foi logo conquistando uma vitória frente ao Atlético-GO, no estádio Serra Dourada.
Nas mãos do segundo treinador, o América ensaiou uma recuperação, mas a mesma acabou sendo bastante tímida e culminou com a demissão de Argel, logo após a derrota do clube para a Chapecoense, em jogo atrasado da 15ª rodada, realizado no dia 27 de agosto. A definição pela contratação de Pintado, ocorreu na mesma noite de terça-feira que aconteceu a derrota alvirrubra no estádio Barrettão.
Quando assumiu a equipe, Pintado realizou sua estreia quatro dias mais tarde e pegou o América na 17ª colocação, abrindo a zona de rebaixamento. Sob seu comando o time potiguar conseguiu acumular três vitória, três empates e quatro derrotas, campanha que não satisfez a diretoria, tanto que quando o presidente Alex Padang anunciou a terceira troca de técnico, o alvirrubro já se encontrava da 19ª colocação.
Frente a um desastre que parecia anunciado, Padang decidiu dar uma chance a Leandro Sena e sob o comando do ex-atleta americano foram escritas as páginas de salvação do América.
Sena assumiu o comando do clube com uma tarefa complicada, mas soube tirar proveito de sua aproximação com os atletas do elenco, apostando em três alterações que fizeram o América reviver seus melhores dias. As entradas de Wanderson, Régis e Max se mostraram acertadas e dai em diante a equipe só fez subir e flutuar a uma margem segura fora da zona de rebaixamento.
Quando entrou no comando, haviam dez rodadas a serem disputadas, mas Sena necessitou apenas de nove para confirmar a participação americana na série B em 2014. Em duas rodadas ele fez o time deixar a zona de rebaixamento, que ocupou por 19 rodadas.
Agonia alvinegra
Com várias dívidas e sem condições de manter um elenco competitivo, como exige uma série B, a participação alvinegra na competição nacional foi desanimadora. A equipe passou 26 rodadas na zona de rebaixamento, sendo 22 delas na última colocação. Apenas no primeiro turno, o clube teve três treinadores diferentes. Tentando descobrir um substituto a altura de Leandro Campos, um treinador que marcou uma passagem vitoriosa pelo clube. A diretoria alvinegra apostou em Paulo Porto, que havia realizado uma boa campanha no Campeonato Gaúcho no comando do São Luiz e que estava debutando no Brasileirão. A decisão se mostrou precipitada e Porto suportou apenas cinco rodadas, sendo substituído logo após a goleada sofrida para Chapecoense por 5 a 1, no dia 7 de julho.
O escolhido para assumir o comando foi Waldemar Lemos, que chegou uma rodada antes da paralisação realizada no campeonato para disputa da Copa das Confederações. Sem pedir nenhum reforço, Lemos que optou por trabalhar o lado físico e psicológico do grupo, mas o trabalho não surtiu efeito. Nas sete rodadas que dirigiu o ABC, o treinador carioca conquistou apenas quatro pontos dos 21 disputados e caiu na 13ª rodada, logo após a quinta derrota sofrida para o Oeste. Então iniciava a era Roberto Fernandes no ABC. A estreia ocorreu no clássico contra o América e ele conseguiu um empate, no jogo realizado no dia 10 de agosto e com ele tendo apenas dois dias para trabalhar o grupo alvinegro. “quando assumi eu conhecia mais o América que o próprio ABC”, destacou.
A diretoria fez sua parte nos bastidores, buscou verbas com assinaturas de novos contratos e ganhou fôlego com o aporte de R$ 2 milhões injetados pela OAS por ocasião do contrato assinado para o clube mandar parte dos seus jogos da próxima temporada na Arena das Dunas.
Neste momento, começava o plano de salvamento da equipe, que permaneceu na última colocação até a 25ª rodada. Com dinheiro em caixa, a equipe foi ao mercado e conseguiu trazer 14 novos reforços, com destaque para o goleiro Wilson Júnior, Somália, Giovanni Augusto, Júnior Timbó, Gilmar e Wesley Bigu, que uniram forças com a base que Fernandes conseguiu montar ainda dentro do primeiro turno e foi transformando em realidade aquilo que parecia improvável. Na segunda metade do Campeonato, o ABC teve um aproveitamento de equipe que lutava pelo acesso à divisão de elite. Após emplacar uma série de seis vitórias consecutivas, o time primeiro deixou a lanterna, posição que permaneceu por 22 rodadas e depois de sair da posição incômoda e deixar para traz a zona de degola, o time não voltou mais. Esteve ameaçado, chegando a ficar empatado em número de pontos com o 17º colocado, mas por força do critério técnico se manteve firme, até sacramentar a salvação na vitória sobre o Avaí.
Fim da Agonia Para ABC e América
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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26.11.13
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