O Turismo tem que oferecer experiências. Apostando nessa ideia, o
ex-ministro de Esporte e Turismo e ex-presidente da Embratur, Caio Luiz
de Carvalho, veio a Natal para ministrar a palestra “Turismo Criativo”,
durante o 5º Fórum de Turismo do Rio Grande do Norte, realizado nos dias
19 e 20, no Centro de Convenções de Natal.
Na
oportunidade, Caio Luiz de Carvalho concedeu entrevista à TN e contou sobre a ideia de transformar sol e praia – para citar um
exemplo próximo da realidade nordestina – em oportunidades de vivenciar
uma experiência turística que vai além de mirar uma bela paisagem.
Em tom descontraído, o ex-ministro analisou as chances que a Copa pode trazer para o turismo potiguar, dissertou sobre o possível legado que o evento pode trazer para o Rio Grande do Norte e para o país, de maneira geral, além de avaliar a política atual de turismo do Brasil – sugerindo o que pode melhorar.
A conversa inclui ainda a opinião do especialista em questões como os preços das tarifas cobradas pelos hoteis, situação que já chamou a atenção do Governo Federal e inclusive do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), órgão do qual ele já esteve à frente. “Não é uma questão que eu queira fugir, mas uma coisa é a negociação na mesa de balcão, outra coisa é o que há por debaixo”, comentou.
Em tom descontraído, o ex-ministro analisou as chances que a Copa pode trazer para o turismo potiguar, dissertou sobre o possível legado que o evento pode trazer para o Rio Grande do Norte e para o país, de maneira geral, além de avaliar a política atual de turismo do Brasil – sugerindo o que pode melhorar.
A conversa inclui ainda a opinião do especialista em questões como os preços das tarifas cobradas pelos hoteis, situação que já chamou a atenção do Governo Federal e inclusive do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), órgão do qual ele já esteve à frente. “Não é uma questão que eu queira fugir, mas uma coisa é a negociação na mesa de balcão, outra coisa é o que há por debaixo”, comentou.
Magnus Nascimento
A palestra do senhor no 5º Fórum de Turismo foi intitulada “Turismo Criativo”. O que o senhor abordou nessa palestra?
Quando se fala em Turismo Criativo, estamos falando da necessidade de entender que nem sempre matéria-prima é produto. Um belo dia eu recebi uma lição numa aula da Escola Superior de Guerra, em que eu falava da diferença entre matéria-prima e produto. E lá pelas tantas, o diretor da escola falou: “O que o professor está querendo dizer é que no Recife nós temos o Forte de Guararapes. Ele é uma atração cultural fantástica, mas é matéria-prima. Se você contratar a Escola de Dramaturgia de Recife para encenar a Batalha de Guararapes, aí você vai ter um produto”.
Quando se fala em Turismo Criativo, estamos falando da necessidade de entender que nem sempre matéria-prima é produto. Um belo dia eu recebi uma lição numa aula da Escola Superior de Guerra, em que eu falava da diferença entre matéria-prima e produto. E lá pelas tantas, o diretor da escola falou: “O que o professor está querendo dizer é que no Recife nós temos o Forte de Guararapes. Ele é uma atração cultural fantástica, mas é matéria-prima. Se você contratar a Escola de Dramaturgia de Recife para encenar a Batalha de Guararapes, aí você vai ter um produto”.
Então, de
certa forma, é um exemplo que estou dando de como isso é possível.
Quando eu saí do Ministério, fui para o Peru trabalhar com a cultura
Inca. O fascínio que se exerce nos turistas, quando se chega em Cusco e
em Machu Picchu, é extraordinário, mas porque tem histórias. E os guias
são antropólogos e historiadores que acabam te envolvendo naquele
cenário. É uma experiência. É algo mais do que só olhar, é você viver
aquilo, participar das coisas. E isso significa inovar, ser criativo.
Existem várias maneiras de se fazer isso. São Paulo é muito difícil de
se trabalhar por ser uma cidade de negócios, mas se tornou o maior
destino turístico do país graças ao tripé “feiras, agenda cultural e
negócios”. O que alavancou isso foi uma agenda cultural extraordinária,
com Museu da Língua Portuguesa, Museu do Futebol, com a Virada Cultural,
e eu tive condições de participar disso com muita alegria. Com isso,
aumentou o tempo de permanência do turista e consequentemente a taxa de
ocupação hoteleira, enquanto que antes o turista que vinha a São Paulo
ia a uma feira de negócios e saía correndo.
É Preciso Ter Criatividade e Inovar no Turismo
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
24.2.14
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