Mercado de Trabalho: Mulher Avança e Desemprego Recua

A taxa de desocupação, que retrata pessoas que não estão trabalhando, mas que  têm alguma iniciativa para buscar emprego, diminuiu na última década e chegou ao menor patamar desde 2003, no Rio Grande do Norte. O economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no RN, Aldemir Freire, elaborou na última semana uma análise que mostra redução na taxa de desocupação dos potiguares de 9,56% em 2011 para 7,13% em 2012 – números mais recentes disponíveis.

A expansão de setores como o de “serviços” ajuda a explicar o maior peso da mulher no mercadoA expansão de setores como o de “serviços” ajuda a explicar o maior peso da mulher no mercado

O valor em 2012 é o segundo menor dos anos 2000, atrás do atingido em 2002, de 6,62%. É o mais baixo desde 2003. Conforme o IBGE, a presença maior das mulheres no mercado de trabalho impulsionou esses resultados.

A taxa de desocupação femina em 2012 (7,89%) foi quase duas vezes menor que a do ano anterior e, nos anos 2000, só foi maior que a de 2002, quando estava em, 6,81%.  Para os homens, o melhor momento desde 2001 foi em 2008, com taxa de 5,20%. Em 2012, a taxa foi 6,51%, a quarta melhor da série histórica.

Dados colhidos pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na região metropolitana de São Paulo, também mostram redução do desemprego mais significativa entre as mulheres do que entre os homens.

Conforme o estudo divulgado esta semana, as taxas de desemprego feminino em 2013 são as menores em São Paulo nos últimos 25 anos. Em 1989, era de 10,6%. Em 2012, foi de 12,5% e em 2013 chegou a 11,7%. Entre os homens, a taxa foi de 9,4%, em 2012, para 9,2%, em 2013.

Qualificação
Segundo Aldemir Freire, do IBGE/RN, o crescimento das ocupações para as mulheres tem se expandindo a uma velocidade maior que a dos homens. Ele mostra que, entre 2002 e 2012, o número de homens ocupados aumentou a uma taxa de 22,8%, enquanto que entre as mulheres esse aumento foi de 27,8%. “Isso significa que, apesar de minoritárias, as mulheres estão aumentando seu peso entre as pessoas ocupadas”, explica.

Aldemir Freire considera que o motivo para essa inserção crescente das mulheres no mercado pode estar ligado a uma procura maior delas por qualificação, além do fato de setores que tradicionalmente empregam mais mulheres terem crescido, como serviços, indústria da transformação e construção civil. 
 
Quem concorda com essa análise é o professor William Eufrásio Nunes Pereira, que coordena o mestrado em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e trabalha com pesquisas nas áreas de economia regional, urbana e do trabalho. Para ele, a dedicação maior das mulheres por qualificação e a expansão de setores onde elas são maioria são determinantes para a inserção cada vez maior no mercado de trabalho.
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