
O papa Francisco renovou os estatutos do Instituto para Obras de
Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano, introduzindo a
figura de um auditor externo de contas, dentro das normas
internacionais, informou a Santa Sé neste sábado (10).
O órgão, instituído em 1942 por Pio 12, garante a custódia e a
administração dos bens imóveis transferidos e doados ao IOR por pessoas
físicas e jurídicas, destinados a obras de caridade, além de administrar
contas bancárias de funcionários e autoridades do Vaticano.
No passado, ele enfrentou acusações de corrupção e lavagem de
dinheiro. Seus clientes incluem instituições católicas, funcionários do
Vaticano e embaixadores da Santa Sé, entre outros.
Numa disposição, o papa renovou por dois anos os estatutos do IOR,
aprovados em 1990 por João Paulo 2º. Entre as principais novidades está a
implantação da figura de um auditor externo, que poderá ser uma pessoa
física ou jurídica, eliminando os três auditores internos, cujos cargos
eram renováveis.
O novo auditor estará apto a solicitar da instituição financeira
qualquer informação potencialmente útil para suas atividades de
supervisão, além de conferir se os balancetes do banco estão conformes
com os padrões internacionais.
Com a renovação dos estatutos, os órgãos do IOR terão quatro órgãos: a
Comissão de Cardeais, composta por cinco prelados designados por
Francisco; o Conselho de Superintendência, que passa de cinco para sete
integrantes; o Prelado; e o Conselho de Administração, com a figura de
um diretor-geral.
O responsável por este último pode ser nomeado por cinco anos, com
uma única renovação, ou ter mandato sem prazo definido, porém a idade
máxima para o cargo é de 70 anos.
A Comissão de Cardeais será responsável por nomear os auditores, que
atuarão pelo período de três exercícios financeiros consecutivos, em
mandato a ser renovado apenas uma vez.
Desde que assumiu, em 2013, Francisco tem condenado severamente as
atividades financeiras ilícitas. A partir daquele ano, o Banco do
Vaticano divulga anualmente seus balanços. Em junho ele publicou os
resultados econômicos de 2018, apontando um lucro de 17,5 milhões de
euros (R$ 77,2 milhões), uma queda de 45% em relação aos 12 meses
anteriores.
#Fonte: Deutsche Welle
Papa Francisco Autoriza Auditores Externos no Banco do Vaticano
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
11.8.19
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