
A Rússia reafirmou nesta segunda-feira (3) sua parceria estratégica com a Venezuela, fortalecendo um acordo assinado em maio deste ano entre Moscou e o governo de Nicolás Maduro.
O anúncio ocorre em meio a um momento de tensões entre Caracas e Washington, e levanta preocupações sobre o possível envolvimento militar russo na América Latina.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, Moscou mantém “obrigações contratuais” com a Venezuela. O pacto firmado durante a última visita de Maduro à Rússia inclui cooperação nas áreas de segurança, energia e mineração, embora os detalhes do documento não tenham sido divulgados.
Fontes ligadas ao governo venezuelano afirmam que o acordo pode prever apoio militar russo em caso de ameaça externa, mas o Kremlin não confirmou a existência de cláusulas de defesa mútua.
Nas últimas semanas, Maduro afirmou que seu país possui 5 mil mísseis de curto alcance de fabricação russa, capazes de atingir embarcações norte-americanas próximas à costa venezuelana — uma declaração que aumentou a tensão na região.
Especialistas alertam que a aliança pode intensificar a rivalidade geopolítica entre Estados Unidos e Rússia, em um contexto global marcado por “guerras por procuração”, como observou o analista político Acácio Rocha.
Segundo ele, a Venezuela se insere no mesmo eixo de Rússia, China e Irã, em oposição ao bloco liderado por Washington.
Apesar do apoio russo, analistas avaliam que Maduro enfrenta limitações internas e militares. “A Venezuela não tem condições de confrontar diretamente os Estados Unidos, nem em poder bélico nem em estabilidade política”, afirmou o comentarista Fernando Krigner, lembrando que o regime ainda lida com baixa popularidade e crise econômica.
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