Canguaretama: FALTAM VAGAS NOS PRESÍDIOS DO RN

O delegado Odilon Teodósio, à frente da Delegacia de Polícia da Grande Natal (DPGran), afirma que constantemente as unidades se recusam a receber detentos. “Todo dia tem essa dificuldade, inclusive nas delegacias de plantão. Às vezes é preciso eu ir lá para receberem os detentos”, contou.

A delegada Ana Cláudia Saraiva Gomes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol), diz que “infelizmente a dificuldade é comum” e que as queixas são constantes. “Recebo frequentemente reclamações dos colegas, principalmente do interior do Estado. Há casos de solicitação de vagas e recebimento, em resposta, de um documento oficial da Coape informando a falta de vagas” disse.

Ela lembra ainda a determinação judicial que desobriga delegados de custodiar esses presos e determina que a Coape receba-os, informando o local de recolhimento. “Ainda há sete presos na delegacia de Areia Branca e onze em CANGUARETAMA que já deveriam ter sido retirados”, afirma.

O major Castelo Branco, da Coape, afirma que entre os projetos de construção, reforma e ampliação, incluindo duas cadeias novas de 600 vagas cada em Mossoró e Ceará-Mirim, devem ser abertas 2.800 novas vagas no sistema carcerário potiguar. “O projeto para cadeia de Ceará-Mirim está aprovado, mas falta a liberação dos R$ 16 milhões do governo federal com contrapartida do Estado, ainda sem data de previsão”, explica.

Sobre o problema da falta de vagas no estado, o juiz da Vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar, destaca que o Rio Grande do Norte não tem cadeias suficientes. “No RN falta vagas para presos e o ideal era que cada comarca tivesse sua cadeia. Enquanto não construírem novas unidades, o município de Natal não poderá receber presos de outras comarcas, também por causa da superlotação”, explica.

#Fonte: Tribuna do Norte