O VOO DA CIDADE DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE, E O VOO PERDIDO DE CANGUARETAMA

CNT: Enquanto a Cidade de São Gonçalo dá um Vôo e se desenvolve, a cidade de Canguaretama está num Vôo cego, perdida no tempo há muitos anos. INFELIZMENTE!

Nem faz muito tempo, a região do bairro Jardins, em São Gonçalo do Amarante, era uma enorme fazenda, cheia de vacas pastando. Hoje, o lugar está todo loteado e tomado por casas. Até prédios já começaram a aparecer. Sinal de que a área está se valorizando. E muito. 

Localizada a poucos quilômetros do centro de Natal, a cidade de São Gonçalo do Amarante virou um canteiro de obras com reflexos na formação do Produto Interno Bruto do município

É principalmente naquela parte, às margens da BR-406, que a quarta cidade mais populosa do Rio Grande do Norte mais cresce e se desenvolve. Um crescimento que vem decolando muito em função do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, inaugurado em 31 de maio deste ano, depois de um processo que se arrastou por quase duas décadas.

Mas não é só o aeroporto. “Um dos fatores que puxam o desenvolvimento são os índices econômicos, e nosso PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 130% de 2009 até 2013. Quando se desconta a inflação, tem-se um crescimento real de 98%, o equivalente a 28% ao ano. Essa é a prova real de que o desenvolvimento econômico no município teve um boom”, diz o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo do Amarante, Hélio Duarte.

Ele destaca também a importância do Minha Casa Minha Vida no grande impulso que o mercado imobiliário da cidade vem tendo. No Rio Grande do Norte, São Gonçalo tem o maior empreendimento individual do programa do Governo Federal, com investimentos de R$109 milhões para a construção de 1.800 moradias.

Hélio Duarte ressalta ainda as condições que o poder público do município oferece para quem quer empreender lá. “Não é preciso ir mais ao Idema para se obter a licença ambiental. Os licenciamentos são todos aqui na Semurb, o que dinamiza muito o processo, que antes demorava até mais de um ano. Medidas como essa favorecem a criação de um ambiente para que a iniciativa privada se desenvolva. Você tem regras para cumprir, mas, no entanto, não pode criar dificuldades. Tem que pegar o projeto, analisar e dar agilidade no processo de licenciamento, sem perder o foco, que é a obediência à legislação. E é isso que a gente tem feito aqui, tanto em relação a parte ambiental quanto urbanística”, diz o secretario.

Segundo ele, entre 2009 e 2012 a quantidade de alvarás em São Gonçalo (autorização para construir) cresceu 390%. “Esse aumento foi também impulsionado pela construção do aeroporto, cujo impacto ainda vai ser melhor sentido lá na frente. “Mas já teve uma valorização imobiliária fantástica aqui. Terrenos que em 2003 você comprava em bairros como a Cidade das Flores por R$ 5 mil, divididos em até 60 vezes, hoje custam R$ 45 mil”, compara.

O secretário diz não ter a menor dúvida de que São Gonçalo é a bola da vez do mercado imobiliário. “Os indicadores econômicos dizem isso, além de que ainda temos uma área grande para adensar”.