O Ministério Público do Rio Grande do Norte
apresentou à Justiça um pedido de Habeas Corpus coletivo para impedir a
prisão e a autuação em flagrante de policias militares do estado que
estão em greve desde o dia 19 de dezembro.
O promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra
alega que o estado não pode cobrar que os policiais trabalhem sem o
pagamento dos salários. Apesar da continuidade da greve, até a manhã
desta sexta (5) nenhum policial havia sido preso.
O
desembargador Glauber Rêgo, que recebeu o pedido do MP, considerou que
não compete ao Tribunal de Justiça do Estado julgar o habeas corpus,
cabendo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir a questão.
A ordem para prender policiais responsáveis
por incitar greves foi tomada no último dia de 2017 pelo desembargador
Cláudio Santos. A decisão foi favorável a um pedido do governo do
estado, que argumentou que os servidores da segurança desobedeceram a
primeira decisão da Justiça, feita pela desembargadora Judite Nunes no
dia 24 de dezembro, que considerou a greve ilegal.
O
promotor, que é titular da Promotoria de Justiça de Controle Externo da
Atividade Policial, ressalta também que a prisão de policiais pode, no
atual momento, causar “uma revolta de grande dimensão de consequências
imprevisíveis”.
Além
disso, Wendell enfatiza que a prisão pode gerar milhares de demandas
individuais junto ao Tribunal de Justiça e que, por isso, seria
“conveniente” aceitar o pedido preventivo.
#Fonte: G1
MPRN Não Quer Prisão de PMs
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