A
pedido da Agência Brasil, a Vale listou 30 estruturas que estão
interditadas. Dessas, três estão na Mina Córrego do Feijão, onde também
fica a barragem que se rompeu no dia 25 de janeiro. Além de Brumadinho,
as estruturas com operações suspensas se situam nas cidades mineiras de
Nova Lima, Ouro Preto, Itabirito, Itabira, Barão de Cocais, Rio
Piracicaba e Mariana.
Outras duas barragens localizadas em Sabará
(MG) – Galego e Dique da Pilha 1 – não apareceram na relação da Vale,
mas são alvo de uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJMG) publicada no dia 9 de abril. Foi determinada, entre outras
medidas, a interrupção imediata de qualquer atividade que importe
elevação e incremento de risco de rompimento nessas estruturas de
contenção de rejeitos.
Questionada sobre a ausência das duas
barragens na lista, a Vale informou que ainda não foi notificada da
decisão e que adotará as medidas cabíveis quando tomar conhecimento de
seu teor. “Importante destacar que a barragem Galego já estava inativa e
possui declaração de condição de estabilidade, enquanto o Dique da
Pilha 1 já foi descaracterizado”, acrescentou a mineradora em nota.
Liminares
do TJMG chegaram a atingir a barragem Laranjeiras e outras estruturas
da Mina de Brucutu, a maior de Minas Gerais, situada no município de São
Gonçalo do Rio Abaixo. Na semana passada, porém, a mineradora
anunciou ter conseguido aval da Justiça para retomar as atividades.
A
Vale não planeja voltar a operar em todas estruturas interditadas. Pelo
menos nove delas estão em processo de descomissionamento, conforme anúncio feito cinco dias após a tragédia de
Brumadinho. Além dessas nove, também está sendo descaracterizada a
barragem que se rompeu. Todas elas são alteadas pelo método a montante.
Considerado
menos seguro, o método de alteamento a montante está associado não
apenas à ruptura em Brumadinho, como também em Mariana, no ano de 2015,
quando 19 pessoas morreram após o vazamento de rejeitos em um complexo
da mineradora Samarco, joint-venture da Vale e da anglo-australiana BHP
Billiton. De acordo com a mineradora, o processo de descomissionamento
deve ser concluído em aproximadamente 3 anos.
APÓS TRAGÉDIA EM BRUMADINHO, 32 BARRAGENS DA VALE ESTÃO INTERDITADAS
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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22.4.19
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