(Dado Ruvic/Reuters)
Julho já começou com uma boa notícia e a vacina experimental contra o
novo coronavírus produzida pela gigante farmacêutica Pfizer em parceria
com a empresa de biotecnologia BioNTech demonstrou bons resultados em
testes com humanos. A vacina estimulou a resposta imune dos pacientes
saudáveis, mas também causou efeitos colaterais, como febre, em doses
mais altas.
O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três
doses da vacina ou placebo; destes, 12 receberam uma dose de 10
microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma
dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da
vacina. A dose mais alta, de 100 microgramas, causou febre em metade
dos participantes do teste — por conta dos efeitos colaterais, o grupo
não recebeu uma segunda dose.
Depois de uma segunda dose da injeção três semanas depois da
primeira, 8,3% dos participantes do grupo de 10 microgramas e 75% do
grupo de 30 microgramas também tiveram febre. Outro sintoma apresentado
foram distúrbios de sono. Os pesquisadores, no entanto, não consideraram
os efeitos colaterais sérios e não resultaram em hospitalizações.
A vacina foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e alguns
deles neutralizaram o vírus, o que pode significar que é capaz de parar o
funcionamento dele, mas ainda não se sabe se esse nível mais alto de
anticorpos é realmente capaz de gerar imunidade à doença. A Pfizer irá
conduzir novos estudos em breve para provar que quem tomou a vacina é
50% menos vulnerável ao vírus.
A novidade foi divulgada no site Medrxiv, principal distribuidor de
descobertas científicas que ainda não foram revisadas por pares. Os
resultados ainda não foram publicados em um jornal científico.
As empresas não divulgaram as diferenças dos efeitos da vacina por
gênero, etnia ou faixa etária. As próximas fases do teste também serão
focadas nos Estados Unidos. Se tudo der certo, a expectativa da
companhia é produzir até 100 milhões de doses da vacina até o final
deste ano e mais 1,2 bilhão até o final de 2021.
Com os resultados positivos, a Pfizer viu suas ações subirem mais de 4% na bolsa americana.
Outras vacinas também já estão sendo testadas em humanos, como é o
caso da produzida pela Moderna e também a da Universidade de Oxford em
parceria com a AstraZeneca.
Nenhum medicamento ou vacina contra a covid-19 foi aprovado até o
momento para uso regular, de modo que todos os tratamentos são
considerados experimentais.
De acordo com o relatório A Corrida pela Vida, produzido pela EXAME
Research, unidade de análises de investimentos e pesquisas da EXAME, as
pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina já contam com o
financiamento de pelo menos 20 bilhões de dólares no mundo. Desse valor,
10 bilhões foram liberados por um programa do Congresso dos Estados
Unidos. Mais de 200 vacinas estão sendo desenvolvidas atualmente.
#Fonte: Exame
Teste de Vacina de Covid-19 Funciona e Gigante Farmacêutica Pfizer Pode Produzir 1 bilhão de Doses
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
1.7.20
Rating:
Nenhum comentário:
OS COMENTÁRIOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
REGRAS PARA FAZER COMENTÁRIOS:
Se registrar e ser membro do Blog; Se identificar (não ser anônimo); Respeitar o outro; Não Conter insultos, agressões, ofensas e baixarias; A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica; Buscar através do seu comentário, contribuir para o desenvolvimento.