Fevereiro foi um mês atípico no noticiário policial potiguar. Em 28 dias, foram divulgados e contabilizados 99 assassinatos em todas as regiões do Rio Grande do Norte, contra os 38 relatados nas páginas deste vespertino em janeiro. Os números, por si só assustadores, revelam ainda que a violência urbana está crescendo no Estado, enquanto os seus moradores se sentem cada vez mais inseguros.
O total de assassinatos, ultrapassa a marca de 10% dos homicídios registrados em 2012 em todo o Estado, conforme os dados divulgados pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, no início deste mês. Segundo ele, foram 951 crimes, onde 70% deles tinham relacionamento direto com o tráfico de drogas, cada vez mais dominante no Rio Grande do Norte.
Durante todo o ano de 2012, foram registrados 440 homicídios no município de Natal até o dia 16 de dezembro, conforme dados do Conselho Estadual dos Direitos Humanos e Cidadania (COEDHUCI). Isso dá uma média de 52 assassinatos por grupo de cem mil habitantes, muito acima do considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de dez por cem mil.
Segundo o presidente do COEDHUCI, Marcos Dionísio, a falta de investimentos em Segurança Pública contribui muito para o crescimento da violência no RN, pois muitos criminosos que estão agindo no Rio Grande do Norte são oriundos de estados que apresentam maior atenção com a área, como Pernambuco.
“Como nesses estados há investimento em Segurança Pública, os bandidos de lá estão fugindo para locais onde o governo estadual não tem o mesmo interesse em investir na área. É isso que está acontecendo aqui no RN. Além de tudo, é preciso convocar os prefeitos das cidades que integram a Região Metropolitana, para elaborar um plano eficiente de prevenção e combate à violência”, explicou Marcos.
Para o advogado e integrante da Comissão dos Concursados da Polícia Civil, Carlos Brandão, um dos motivos para tantos crimes é a sensação de impunidade conferida aos assassinos, já que o baixo número de policiais civis atrapalha a investigação dos casos de homicídios, resultando em um pequeno percentual de casos resolvidos e culpados punidos. A existência de apenas uma Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom) na Capital também é um agravante.
Para o advogado e integrante da Comissão dos Concursados da Polícia Civil, Carlos Brandão, um dos motivos para tantos crimes é a sensação de impunidade conferida aos assassinos, já que o baixo número de policiais civis atrapalha a investigação dos casos de homicídios, resultando em um pequeno percentual de casos resolvidos e culpados punidos. A existência de apenas uma Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom) na Capital também é um agravante.
A solução anunciada pelo Governo do Estado é a criação da esperada Divisão de Homicídios, que, segundo o delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério da Silva, deve reunir dez equipes com a finalidade de investigar os casos registrados em todo o Estado. ele disse que a expectativa é que a Divisão, que atenderá, a princípio, o município de Natal, possa dar início às atividades até o segundo semestre.
“Já temos o projeto pronto e estamos procurando um imóvel para a instalação da Divisão de Homicídios e aguardando a convocação dos aprovados no último concurso público para a Polícia Civil, para, enfim, darmos início aos serviços. Infelizmente, não temos uma data definida, mas estamos correndo contra o tempo, já que a criação dessa divisão é um sonho antigo da PC”, explicou Fábio Rogério.
#Fonte: Portal JH
Mês de fevereiro termina com quase cem assassinatos registrados pela polícia no RN
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