A Câmara de deputados aprovou nesta quarta-feira (26) proposta que obriga a
destinação de apenas 75% destas receitas à Educação e dos outros 25%
para a Saúde. Além disso, o projeto agora cria um gatilho, que vincula a
aplicação de 50% dos recursos do Fundo Social (criado com as novas
regras de exploração do pré-sal) ao cumprimento da meta de chegar a 10%
do PIB em investimentos em Educação, prevista no Plano Nacional de
Educação (PNE). O projeto será analisado agora pelo Senado.
A
proposta original da presidente Dilma destinava à Educação apenas os
"rendimentos" de 50% do Fundo Social. Com a mudança, os valores sobem
consideravelmente. O autor do novo texto e líder do PDT, André
Figueiredo (CE), acredita que as mudanças trarão cerca de R$ 280 bilhões
para as áreas de Educação e Saúde. A proposta original calculava R$
25,8 bilhões em dez anos.
O líder do governo na Câmara, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que o governo não tem nenhum
compromisso com as mudanças, sinalizando que poderá haver vetos por
parte da presidente Dilma Rousseff.
O
projeto original do governo obrigava a aplicação de 100% das receitas
em Educação. Os novos percentuais foram negociados entre os partidos
governistas e a oposição.
No caso do Fundo Social, a proposta
prevê que serão destinados à Educação 50% dos recursos do fundo, que foi
criado com as regras de exploração do pré-sal. Esta é uma mudança
substancial no texto da presidente Dilma, que previa a destinação apenas
dos "rendimentos" do Fundo Social, ou seja, um valor bem menor.
Pelo
novo texto, os 50% dos recursos do Fundo Social serão destinados à
Educação, até o cumprimento da meta de investimentos de 7% do PIB em
Educação, em cinco anos, e de 10% do PIB, em dez anos. Estas metas estão
no Plano Nacional da Educação, que foi aprovado na Câmara que está no
Senado. O governo é contra estas metas.
Outra mudança foi no tipo
de contrato que será atingido. No primeiro artigo, o projeto prevê que
serão destinados as receitas provenientes dos royalties relativos a
áreas cuja declaração de comercialidade tenha ocorrido a partir de 3 de
dezembro de 2012, relativas a contratos celebrados sob os regimes de
concessão e de partilha de produção. O texto original falava em
contratos celebrados a partir de 3 de dezembro de 2012. A diferença é
que os recursos já são garantidos imediatamente.
O projeto sobre a
destinação dos recursos dos royalties foi enviado pela presidente Dilma
Rousseff com urgência constitucional e foi anunciada com pompa pelo
governo.
Os parlamentares sustentaram que a Saúde também precisa
se recursos e não apenas a área da Educação. Nos bastidores, os líderes
governistas concordaram com a nova divisão dos percentuais, já que
corria o risco de ver o projeto do governo ser derrotado e ser aprovado
um parecer que traria problemas ao governo.
#Fontr: O globo
Royalties: Câmara Aprova Destinação de 75% para a Educação e 25% para a Saúde
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
27.6.13
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