Terceira colocada na eleição presidencial deste ano, a ex-ministra
Marina Silva deixará o PSB no começo de 2015, quando pretende apresentar
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os papéis necessários para a
segunda tentativa de transformar em partido o seu grupo político, a Rede
Sustentabilidade. A movimentação ocorre ainda sob impacto do racha
entre os “marineiros” após a decisão de apoiar o tucano Aécio Neves no
2.º turno.
Se o TSE reconhecer a Rede como um partido político, a nova legenda nascerá menor que era em outubro de 2013, quando o plenário do tribunal rejeitou a criação da sigla por 6 votos a 1 Por causa do apoio de Marina a Aécio, houve uma debandada de dirigentes e militantes da Rede. “Na executiva de São Paulo, por exemplo, 7 dos 12 integrantes saíram”, diz Célio Turino, ex-porta-voz dos marineiros em São Paulo. O grupo também perdeu quadros importantes em Minas Gerais e em outros Estados. “O apoio ao Aécio sinalizou outro caminho e criou um ambiente muito ruim. Isso aflorou um conservadorismo na Rede”, considera Turino.
Segundo ele, os que deixaram o grupo já se articulam para criar um outro partido, inspirado no “Podemos”, agremiação espanhola de matriz esquerdista. “Falta no Brasil uma alternativa claramente de esquerda e que seja ampla e horizontalizada”, afirma o ex-marineiro. “Havia um grupo que, com visão mais à esquerda, já questionava a entrada no PSB e sentiu-se incomodado com a aproximação com o PSDB”, reconhece Feldman, que foi tucano na maior parte da carreira política
Se o TSE reconhecer a Rede como um partido político, a nova legenda nascerá menor que era em outubro de 2013, quando o plenário do tribunal rejeitou a criação da sigla por 6 votos a 1 Por causa do apoio de Marina a Aécio, houve uma debandada de dirigentes e militantes da Rede. “Na executiva de São Paulo, por exemplo, 7 dos 12 integrantes saíram”, diz Célio Turino, ex-porta-voz dos marineiros em São Paulo. O grupo também perdeu quadros importantes em Minas Gerais e em outros Estados. “O apoio ao Aécio sinalizou outro caminho e criou um ambiente muito ruim. Isso aflorou um conservadorismo na Rede”, considera Turino.
Segundo ele, os que deixaram o grupo já se articulam para criar um outro partido, inspirado no “Podemos”, agremiação espanhola de matriz esquerdista. “Falta no Brasil uma alternativa claramente de esquerda e que seja ampla e horizontalizada”, afirma o ex-marineiro. “Havia um grupo que, com visão mais à esquerda, já questionava a entrada no PSB e sentiu-se incomodado com a aproximação com o PSDB”, reconhece Feldman, que foi tucano na maior parte da carreira política
Durante
a campanha, quando Marina liderava as pesquisas de intenção de voto, os
integrantes da Rede cogitaram a possibilidade de ficar no PSB, em caso
de vitória. Após o 1.º turno, dirigentes do partido deixaram aberta a
possibilidade de manter os marineiros na legenda como uma corrente
interna. A ideia, porém, foi rechaçada.
Adesões
Quando se constituir como partido, a Rede poderá receber deputados eleitos em outubro por outras legendas em suas fileiras, mas não herdará o tempo de TV nem os recursos do Fundo Partidário referentes a esses parlamentares. “Essa é uma questão dramática”, diz Walter Feldman, porta-voz do grupo. Ele afirma acreditar na possibilidade de reverter no Supremo Tribunal Federal a Lei 12.875, de outubro de 2013, que fechou as chamadas “janelas partidárias”. “Isso dificulta. Essa foi uma lei anti-Rede criada pelo Congresso”, diz Feldman. O assunto será discutido no dia 22, quando a direção executiva da Rede se reunirá em Brasília com Marina.
Quando se constituir como partido, a Rede poderá receber deputados eleitos em outubro por outras legendas em suas fileiras, mas não herdará o tempo de TV nem os recursos do Fundo Partidário referentes a esses parlamentares. “Essa é uma questão dramática”, diz Walter Feldman, porta-voz do grupo. Ele afirma acreditar na possibilidade de reverter no Supremo Tribunal Federal a Lei 12.875, de outubro de 2013, que fechou as chamadas “janelas partidárias”. “Isso dificulta. Essa foi uma lei anti-Rede criada pelo Congresso”, diz Feldman. O assunto será discutido no dia 22, quando a direção executiva da Rede se reunirá em Brasília com Marina.
Marina retoma projeto de criar a Rede
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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9.11.14
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