As tentativas de
redução da criminalidade no Brasil poderão se transformar em pelo menos
mais um conjunto de leis sem aplicação ideal. A Proposta de Emenda à
Constituição aprovada pela Câmara Federal em primeira votação, em junho
passado, reduzindo a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes
hediondos, e o Projeto de Lei N º 333/2015 de autoria do senador José
Serra (PSDB/SP), que aumenta o tempo de internação do adolescente
infrator de três para até dez anos, indicam o fim, mas não apontam os
meios para obtenção de recursos e manutenção do que pode se transformar
em Lei.
Se pelo menos um dos projetos for sancionado pela Presidência
da República, o Rio Grande do Norte terá mais um grande problema a
enfrentar.
“Quem vai pagar a conta desse projeto? O
Estado está falido. O Rio Grande do Norte não se adequou ao aumento da
violência. Pelo contrário, reduziu a capacidade de absorção. O Sistema
Socioeducativo potiguar está falido também”, avaliou o juiz da 3ª Vara
da Infância e Juventude, Homero Lechner de Albuquerque. Atualmente, em
torno de 150 Mandados de Busca e Apreensão de adolescentes, somente em
Natal, se acumulam nos armários da Delegacia Especializada em
Atendimento ao Adolescente Infrator (DEA).
Sem
vagas nos Ceducs, os adolescentes autores de atos infracionais seguem
livres, muitos deles cometendo infrações ainda mais graves como
homicídios, estupros e latrocínios. “Onde iremos colocá-los? Não há
vagas”, lamentou o magistrado. Ele disse que somente na semana passada
assinou 10 sentenças liberando os adolescentes, de ambos os sexos, de
cumprimento das sanções, consequência da ausência de vagas.
Independente do projeto que vença a batalha travada entre a Câmara e Senado Federais, vultosos investimentos deverão ser feitos na construção de novos Centros de Educação e contratação de mão de obra especializada para o desenvolvimento do trabalho de ressocialização. Isto porque, caso o projeto de José Serra se transforme em lei, o adolescente que receber sanção máxima pelo ato infracional praticado poderá passar até 10 anos internado. De acordo com o juiz Homero Lechner de Albuquerque, o número atual de vagas no Sistema Socioeducativo potiguar, que gira em torno de 220, precisa ser dobrado para atender o que preconiza o projeto.
Independente do projeto que vença a batalha travada entre a Câmara e Senado Federais, vultosos investimentos deverão ser feitos na construção de novos Centros de Educação e contratação de mão de obra especializada para o desenvolvimento do trabalho de ressocialização. Isto porque, caso o projeto de José Serra se transforme em lei, o adolescente que receber sanção máxima pelo ato infracional praticado poderá passar até 10 anos internado. De acordo com o juiz Homero Lechner de Albuquerque, o número atual de vagas no Sistema Socioeducativo potiguar, que gira em torno de 220, precisa ser dobrado para atender o que preconiza o projeto.
Redução da Maioridade Requer Investimentos
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