O jornal Estado de S. Paulo publicou nesta segunda-feira (22) uma
matéria que relata o drama de uma mãe que tem filho com microcefalia no
estado, ela percorre a distância de 102 km entre o município de Nova
Cruz, no Agreste Potiguar, a Natal. O Rio Grande do Norte já notificou
318 casos suspeitos de microcefalia estando na quarta colocação no
número de registros, atrás de Pernambuco, Paraíba e Bahia. Confira um
trecho da matéria:
Maria Vitória Salustino de Souza, de 15 anos, percorre os 102 km
entre Nova Cruz, no agreste potiguar, e a capital Natal pelo menos duas
vezes por semana. Vai com a filha Maria Priscila, de 4 meses, no colo e
uma mochila com tudo o que a criança possa precisar nas costas. Vitória
não encontrou neurologista ou fisioterapeuta em sua cidade para atender a
filha, que nasceu com microcefalia. O caso de Vitória e Priscila é
exemplo da dificuldade que as famílias têm encontrado para obter
atendimento para crianças que nasceram com a má-formação no cérebro.
O Rio Grande do Norte notificou 318 casos suspeitos de
microcefalia. É o quarto estado em número de registros, atrás de
Pernambuco, Paraíba e Bahia. Confirmou 70, descartou 20. Os demais estão
em investigação. Mas apenas 23 crianças estão sendo acompanhadas no
CERH (Centro Especializado de Reabilitação e Habilitação), referência
para o atendimento.
O Huol (Hospital Universitário Onofre Lopes), também na capital, é
outro centro de referência, mas os pacientes não têm chegado. “Ainda
não sabemos como será o fluxo”, disse a terapeuta ocupacional Mila
Galvão. Há mais um centro habilitado, em Pau dos Ferros, município a 392
km de Natal.
O CERH tenta acomodar as crianças que chegam com microcefalia,
que são prioridade, sem deixar de lado os demais pacientes. São cinco
fisioterapeutas na reabilitação infantil. Já foram 23. “Além dos 300
casos de microcefalia temos centenas de outros esperando”, afirmou Suily
Alencar, chefe de reabilitação infantil e adulta.
Os profissionais do centro se esforçam para atrair as mães de
bebês com microcefalia. Montaram o projeto Criando Laços, em que
assistentes sociais acompanham as famílias e tentam fazer com que
mantenham as crianças no tratamento.
Mulher Percorre 102 km Para Tratar Filho Com Microcefalia no RN
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
22.2.16
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