A Advocacia-Geral da União (AGU), representando a presidenta Dilma
Rousseff, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em que
pede o desprovimento do recurso enviado pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que questiona o rito definido pela
Corte para o processo de impeachment.
“Diante do exposto, a Presidenta da República requer, em preliminar, o
não conhecimento dos presentes embargos, tendo em vista a ausência de
acórdão formalizado que possa ser objeto de questionamento. Acaso
ultrapassada a questão preliminar, o que se admite por eventualidade,
requer o desprovimento [rejeição] dos embargos de declaração opostos
pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados”, diz o texto.
A manifestação, protocolada na noite de sexta-feira (19), foi
solicitada pelo ministro Luís Roberto Barroso para julgar o recurso em
que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenta modificar o
julgamento no qual a Corte decidiu invalidar, em dezembro do ano
passado, a eleição da chapa avulsa para formação da comissão especial da
Casa que conduzirá o processo de impeachment. Cunha sustenta também que
os senadores devem dar prosseguimento a decisão que for tomada pelos
deputados.
O documento é assinado pelo advogado-Geral da União substituto
Fernando Luiz Albuquerque Faria. No início da manifestação, o texto
analisa o fato de o recurso ter sido apresentado por Cunha antes da
publicação do acórdão, o texto final da decisão. “Como apontar omissão,
contradição ou obscuridade em acórdão ainda não formalizado?” E
completa: “Sendo assim, como o acórdão do julgamento de mérito desta
arguição ainda pende de formalização e publicação, os presentes embargos
de declaração são intempestivos, não merecendo conhecimento.”
Enviado pela AGU, o documento defende que não há, na decisão do STF,
contradição ou “premissa equivocada” com relação “à impossibilidade de
existência de candidatura avulsa para a formação da Comissão Especial de
impeachment”, como alegado pela Câmara. Em dezembro do ano passado, por
6 votos a 5, a Corte entendeu que a comissão deve ser formada por
representantes indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio
de chapa única, e não por meio de chapa avulsa. O documento discorda
ainda do posicionamento da Câmara quanto outros pontos como por exemplo,
o papel Senado no processo.
Presidenta Dilma Pede ao STF Rejeição de Recurso da Câmara no Processo de Impeachment
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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22.2.16
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