Novembro Azul: câncer de próstata é a segunda maior causa de morte por câncer no Brasil

A cada oito minutos um homem é diagnosticado com câncer de próstata no Brasil e, a cada 40 minutos, um deles morre em decorrência da doença. São dados que alertam da importância do Novembro Azul, campanha criada em 2011 e que busca conscientização sobre a saúde masculina, sobretudo na prevenção do câncer de próstata. A iniciativa incentiva os homens a realizarem o exame de próstata regularmente, tendo em vista que o diagnóstico precoce garante melhores chances de tratamento.

O câncer de próstata representa a segunda maior causa de morte por câncer no Brasil, sendo o tipo mais comum em homens no mundo. No País, estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). É um dos mais frequentes em homens a partir dos 50 anos, correspondendo a aproximadamente 29% de todos os cânceres diagnosticados.


“O foco do Novembro Azul é a descoberta do câncer de próstata em sua fase inicial. É isso o que dá a possibilidade de cura desses pacientes”, enfatiza o urologista Matheus Amaral, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Ele ressalta que a Liga Norte-riograndense Contra o Câncer estará fazendo no próximo dia 11 deste mês, uma ação social de atendimento a toda população. “A adesão foi muito grande em relação à campanha, e estamos bem satisfeitos”, diz.

Urologista Matheus Amaral alerta para ação da Liga no dia 11/11 – Foto: Alex Régis


O câncer de próstata é uma doença inicialmente assintomática, portanto, deve ser descoberta através de exames preventivos. São estes o exame de toque retal, e o de PSA, que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata no sangue; se ela estiver alta, há o risco da doença. Segundo a medicina, 10% dos casos de câncer de próstata podem ser suspeitados apenas pelo toque retal.

Em relação ao perfil dos homens, envolve diversos fatores, explica Matheus. Todos os homens acima dos 50 anos devem fazer os exames, mas há casos em que essa idade deve ser adiantada para 45 anos. “Quando o homem tiver casos da doença na família em parentes de primeiro grau, como pai ou irmãos; homens da etnia negra, e homens obesos. Esses devem procurar o médico urologista mais cedo para realizar os exames”, diz.

É também importante ressaltar que o câncer de próstata é assintomático entre 70% e 80% dos casos. “Quando há sintomas, a doença já se encontra num estágio bem avançado. Aí o paciente terá dificuldade para urinar, sangramento na urina, insuficiência renal, e também dores ósseas”, explica. Quando os sintomas surgem, normalmente a doença já se espalhou para outros órgãos em até 95% dos casos, portanto, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, com menos efeitos colaterais.

As modalidades de tratamento são individualizadas de paciente para paciente. “Aqueles que estão com a doença numa fase muito inicial, classificada de indolente, com pouca agressividade, podem ser tratados com uma vigilância ativa, ou seja, só acompanhamento com exames de toque retal, ressonância magnética, PSA, e às vezes uma biópsia da próstata”, explica o médico.

Já quando a doença está localizada, em estágio um pouco mais avançado, o paciente pode ser submetido à cirurgia da próstata, que é a prostatectomia radical, podendo ser de três tipos: cirurgia aberta, laparoscópica, e a robótica. “Também podemos lançar mão de radioterapia, e em estágios mais avançados a hormonioterapia e a quimioterapia, fazem parte desse conjunto terapêutico”, diz. A cirurgia, que pode trazer alguma consequência, só é recomendada em casos específicos e graves. As técnicas vêm melhorando a cada dia.

Matheus Amaral atesta que a mortalidade vem caindo, devido ao acesso cada vez maior à informação, e ao alcance de campanhas como o Novembro Azul. “Em relação à mortalidade, nos homens ainda é o segundo tipo de câncer que mais mata, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Então vai depender do diagnostico precoce da doença, inclusive por rastreamento. A mortalidade vem caindo ano a ano devido a essas campanhas de prevenção que vem sendo realizadas”, relata.

O médico ressalta que os tabus envolvendo os exames sobre o câncer de próstata vêm caindo, principalmente no caso do exame de toque, e a atuação da família vem contribuindo muito pra isso. “Sobretudo as mulheres; companheiras, irmãs e mães desses homens, são as que mais se esforçam para conscientizá-los da necessidade de fazer esses exames. “Vemos no dia a dia o aumento do diagnostico precoce, principalmente por conta da procura mais assídua desses homens acima dos 45 anos”, completa.

 

 

 #Fonte: Tribuna do Norte

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