BAIA FORMOSA RN: “Eu sempre quis ser uma inspiração para as pessoas”, diz o surfista Ítalo Ferreira

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O maior talento do surf potiguar até o momento, campeão olímpico, campeão mundial e inspiração para toda uma geração de atletas. Italo Ferreira afirma que, apesar de todas essas conquistas, ainda tem muita motivação para buscar e inspirar mais.

O atleta está na sua terra natal, Baía Formosa, litoral Sul do Rio Grande do Norte, onde grava um documentário para a empresa Riachuelo, com objetivo de reforçar sua conexão com o País e com a própria origem potiguar. “Do Rio Grande do Norte, com amor” também conta com a participação de Camila Pitanga, falando sobre as bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, que produziram o vestido que a atriz usou em Cannes.

Italo, você que nasceu em Baía Formosa (RN) e já conquistou o título mundial em 2019 e a medalha de ouro olímpica em 2020. Como você vê sua trajetória — desde as raízes no RN até esse patamar internacional — refletida nesta série documental?

Então, durante toda a minha carreira, minha jornada, eu tive grandes momentos, grandes vitórias. E fazer parte desse novo projeto, junto com a Riachuelo, para mim é uma honra. Principalmente nesse lugar, no Rio Grande do Norte, onde eu tenho um carinho enorme, especialmente Baia Formosa, onde eu nasci, onde eu aprendi e vivi grandes momentos. Então, assim, para mim é muito especial. Então, o surfe em si já tem um lifestyle e a Riachuelo encaixa muito bem nesse mundo, nesse estilo, que é o que eles procuram, a moda, o dia a dia e se conectar com as raízes. Então, assim, eu acho que é uma combinação perfeita.

Como você acredita que o surf — e especificamente sua história — pode inspirar esse tipo de projeto que aproxima marca, comunidade e identidade regional?
O Rio Grande do Norte tem um peso muito forte no país, até porque tem grandes talentos, grandes nomes de várias áreas, diferentes áreas, no meu caso, no esporte e no surf, onde eu conquistei grandes títulos, tanto para o estado quanto para a minha cidade natal, Bahia Formosa. Então, isso traz uma… traz uma grandeza, né, e uma força maior, né, então, assim, a Riachuelo, ela encaixa e ela entra num espaço que vem sendo desenhado, né, e que conecta muito bem com a marca.

Sabemos que você também tem engajamento social e uso de sua visibilidade para ajudar comunidades. De que maneira você enxerga esse papel de ‘líder local’ no RN?
Desde o início, eu sempre quis ser uma inspiração para as pessoas, especialmente para as crianças. E eu uso, na verdade, a minha influência para que eu possa inspirar as crianças, tanto nos projetos, como no dia a dia, como no meu… no meu mundo, no surfe. Então, isso acaba inspirando, não só as pessoas no Brasil, como no mundo afora, que eu faço parte do circuito mundial e acabo mostrando a minha vida, a minha rotina, o meu dia a dia em todos os lugares que eu vou.


O surf está em constante evolução: técnicas, cenários, percepções culturais. Para você, após ter alcançado o topo mundial e olímpico, qual é o próximo passo?
Sem dúvida, o surfe nos últimos 10 anos realmente teve uma crescente inimaginável, desde os títulos e as conquistas até as piscinas de ondas e os caramelos passando. E no meu caso, claro, eu ainda tenho muita ambição e vontade de conseguir conquistar títulos ainda. Nos últimos dois anos, eu bati na trave algumas vezes e isso continua me alimentando como competidor. A forma que eu me enxergo nas competições, isso ainda é vivo dentro de mim. Então, eu tenho o sonho de ser campeão do mundo novamente, campeão olímpico mais uma vez. Isso vai me alimentando. Durante esse processo, eu espero que algum dia eu realmente possa repetir os dois feitos e deixar de fato marcado o meu nome na história.


Olhando para o futuro, como você gostaria que a sua imagem — como campeão e como filho do RN? Que legado você espera deixar?
Eu quero continuar sendo uma inspiração, não só para os jovens, mas para as pessoas que vivem no dia a dia, né, em diferentes áreas, então, assim, que no final é o que fica, né, sua história, quem você foi, o… como você se comportou nessa sua passagem, né, então, isso é o que eu mais prezo e o que eu mais, né, coloco à frente para que um dia, quando eu partir para o próximo plano, as pessoas possam lembrar de quem foi o verdadeiro Ítalo Ferreira.



#Fonte: Tribuna do Norte