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Bolsonaro será julgado por racismo na Justiça Federal

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcou para esta terça-feira (16/9) o julgamento do processo de racismo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro é acusado de fazer declarações públicas de depreciação sobre cidadão negro, quando era presidente, no “cercadinho” do Palácio da Alvorada e durante uma live.

Nas ocasiões, Bolsonaro fez comentários sobre o cabelo de um apoiador, comparando o black power a um “criatório de baratas”. Segundo a acusação, o black power constitui símbolo da resistência do movimento negro e Bolsonaro o transmutou em “algo sujo, execrável e discriminatório”.

O TRF-4 julgará apelação cível contra sentença da juíza federal substituta Ana Maria Wickert Theisen, de fevereiro de 2023, que julgou improcedente o pedido para condenar Bolsonaro ao pagamento de R$ 5 milhões em danos morais coletivos.

Ao negar condenação de Bolsonaro, a magistrada argumentou que “o dano moral coletivo não significa a somatória dos danos individuais dos integrantes da raça (supostamente) atingida pelas falas, porque constitui uma nova modalidade de dano, o qual tem por objeto a violação de um direito da coletividade considerada em si mesma vítima de uma ação danosa do ofensor”.

“Não vejo isto nos fatos contemplados na inicial. O que vejo são comentários inadequados, infelizes, desnecessários, mas capazes de atingir somente o cidadão a quem dirigidos, sem potencial para atingir toda uma raça, ainda mais quando enfatizam uma característica física que dela não é exclusiva”, disse a juíza federal na sentença de 2023.

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu. O Movimento Negro Unificado participa do processo como amicus curiae (amigo da corte, em tradução), papel no qual apresenta informações técnicas e jurídicas para auxiliar na decisão.

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Maioria dos brasileiros rejeita anistia a Bolsonaro e condenados por 8 de janeiro, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado 13 mostra que 54% dos brasileiros são contra a aprovação, pelo Congresso Nacional, de uma anistia que livraria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A proposta conta com apoio de 39% dos entrevistados. Outros 2% se disseram indiferentes, e 4% não souberam responder.



Maioria dos brasileiros rejeita anistia a Bolsonaro e condenados por 8 de janeiro, diz Datafolha - Foto: Reprodução


A pesquisa foi realizada nos dias 8 e 9 de setembro com 2.025 eleitores em 113 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A condenação de Bolsonaro foi determinada pela Primeira Turma do STF. Ele recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado. Os crimes reconhecidos pelo Supremo foram: organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio.

A decisão do STF intensificou o debate em torno do projeto de anistia em tramitação no Congresso Nacional, que também poderia beneficiar outros envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Sobre esse tema, a pesquisa mostra que 61% dos brasileiros são contrários a qualquer tipo de perdão aos condenados pelos ataques. Outros 33% se manifestaram a favor da anistia. 5% disseram não saber, e 1% afirmou ser indiferente.




#Fonte: Agorarn
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Bolsonaro pode ser preso até dezembro se recursos forem rejeitados


Cumprimento das penas não é imediato porque réus ainda podem recorrer | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados condenados na ação penal da trama golpista podem começar a cumprir as penas até dezembro deste ano. De acordo com fontes do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidas pela Agência Brasil, a execução das penas pode ocorrer no fim deste ano se os recursos das defesas forem rejeitados pela Corte.

Nessa quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo condenou o ex-presidente e seus aliados a penas que variam entre 16 e 27 anos de prisão em regime fechado.

O cumprimento das penas não é imediato porque os réus ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações.

Recursos

Com o fim do julgamento, o Supremo tem até 60 dias para publicar o acórdão do julgamento, documento que contém os votos proferidos pelos ministros. Com a publicação do acórdão, as defesas terão cinco dias para apresentar os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento.

Em geral, esse tipo de recurso não tem poder para rever o resultado do julgamento e costuma ser rejeitado. A previsão é de que o recurso possa ser julgado pela própria turma, que condenou os réus, entre os meses de novembro e dezembro.

Se os recursos forem rejeitados, o Supremo vai determinar a execução imediata das penas. Como o placar da votação foi de 4 votos a 1 pelas condenações, os réus não terão direito a levar o caso para o plenário.

Para conseguir que o caso fosse julgado pelo pleno, eles precisariam de, pelo menos, dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2. Nesse caso, os embargos infringentes poderiam ser protocolados contra a decisão.

Local de prisão

Se as penas forem executadas, os réus não devem ficar em celas comuns. Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP).

Entre os condenados, quatro militares são do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição.

As celas especiais estão localizadas no presídio da Papuda, localizado na região administrativa do Jardim Botânico (DF); na superintendência da Polícia Federal ou nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.

A decisão sobre o local de cumprimento das penas será do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal da trama golpista.

Prisão domiciliar

O ex-presidente Bolsonaro também poderá cumprir a pena em casa em função dos problemas de saúde, decorrentes da facada desferida contra ele na campanha eleitoral de 2018.

Contudo, a medida também não é automática e deverá ser avaliada pelo ministro Alexandre de Moraes, caso seja solicitada pela defesa.

Bolsonaro já está em prisão domiciliar, mas a medida foi determinada pelo ministro em outro processo, o da investigação sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Réus e suas patentesAlexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Jair Bolsonaro (capitão);
Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto (general), ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que é tenente-coronel do Exército, assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e não vai cumprir pena.




#Fonte: Agência Brasil









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STF determina perda de cargos de condenados e pede retirada de patente de Bolsonaro e generais

Foto: Antonio Augusto/STF

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) pediu nesta quinta-feira (11) a retirada da patente militar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão reformado do Exército, e dos quatro generais condenados pela trama golpista. O caso será enviado ao STM (Superior Tribunal Militar), que deve analisar a punição, prevista no artigo 142 da Constituição.

A Turma também determinou a perda do mandato de deputado federal de Alexandre Ramagem (PL-RJ) e a perda dos cargos dele e do ex-secretário Anderson Torres na Polícia Federal.

Dos oito condenados nesta quinta, seis são militares: Bolsonaro (capitão reformado), Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, Braga Netto e Almir Garnier (generais) e Mauro Cid (tenente-coronel). Ramagem e Torres, os únicos dois civis, são delegados da PF.

Cid foi poupado pelos ministros do Supremo por conta dos benefícios da delação premiada.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder.

Ramagem foi o único condenado por três crimes, em vez de cinco. O processo contra o parlamentar foi parcialmente suspenso pela Câmara dos Deputados, sem responder agora pelos crimes de dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.




#Fonte: Ana Pompeu, Cézar Feitoza, José Marques e ThaísaOoliveira / Agência FolhaPress

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Bolsonaro Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por trama golpista

É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia
Pablo GiovanniJosé Augusto Limão


@hugobarretophoto

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 x 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.

Os ministros também definiram a dosimetria da pena dos demais réus. O réu delator, tenente-coronel Mauro Cid, foi sentenciado a 2 anos de detenção, mas em regime aberto

Por fim, os ministros da Primeira Turma declaram a inegibilidade dos condenados, tirando Mauro Cid, por 8 anos, seguindo a Lei da Ficha Limpa. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi condenado à perda de mandato.


Arte/Metrópoles

Como foi o julgamento

Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram, na tarde desta quinta-feira (11/9), e fecharam a condenação pelo placar de 4 x 1.

Tirando Fux, os demais ministros da Turma acataram a denúncia da PGR na íntegra e votaram por condenar os réus por organização criminosa armada; golpe de Estado; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União (exceto Alexandre Ramagem) e deterioração de patrimônio tombado (exceto Ramagem).


“O 8 de Janeiro não foi um acontecimento banal”, afirmou a ministra no início do voto.

A magistrada começou com as questões preliminares reclamadas pelas defesas dos réus. Ela rejeitou a preliminar que tratava sobre a incompetência do STF em julgar a ação penal, sobre a nulidade do processo e a sobre o cerceamento de defesa elencado por parte das defesas. Também reconheceu a validade da delação de Mauro Cid. Com isso, já há maioria na Turma para rejeitar essas preliminares.

Zanin também votou pela validação da delação e acompanhou a maioria pela condenação dos réus por organização criminosa armada. “Deverão ser condenadas pelas circustâncias que reputo comprovadas na forma que está na denúncia [da PGR]”, disse o ministro.

“Prova cabal”

Ao votar o mérito, a ministra adiantou que vê provas dos crimes dos réus contra as instituições democráticas: “A procuradoria afirmou, e acho que já antecipo, fez prova cabal de que o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022, minaram o livre exercício dos demais poderes constitucionais”.
“O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro, na área de políticas públicas e órgãos de estado”, disse a ministra, logo no início de seu voto.

O placar geral do julgamento ficou em 4 a 1 pela condenação de Bolsonaro, em um colegiado de 5 ministros. Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Zanin votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maior parte dos réus, incluindo o ex-presidente.




#Fonte: Metrópoles 





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Ministro Flavio Dino acompanha Moraes e vota por condenação de Bolsonaro e aliados; Falta 1 voto para a Condenação


Ministro Flavio Dino acompanha Moraes e vota por condenação de Bolsonaro e aliados; Falta 1 voto para a Condenação
Primeiro a votar no julgamento de Bolsonaro, Moraes apontou ex-presidente como líder de organização criminosa que tentou golpe de Estado

Gustavo Moreno/STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o ministro Alexandre de Moraes e votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 7 réus na ação que julga suposta tentativa de golpe de Estado. Dino é o segundo a votar nesta terça-feira (9/9) em julgamento da Primeira Turma que trata da suposta trama golpista para a manutenção do ex-presidente Bolsonaro no poder. Dino se manifesta após o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, votar pela condenação de Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1.

Em seu voto, o ministro Dino não tratou da dosimetria exata das penas, mas falou sobre maiores e menores culpabilidades. Viu a necessidade de penas maiores para os réus Bolsonaro, Braga Netto, Anderson Torres, Almir Garnier e Mauro Cid, lembrando que ele foi delator do esquema. E considerou que é possível reduzir as penas de Paulo Sérgio Nogueira, Alexandre Ramagem e Augusto Heleno.

Ao se manifestar, Dino começou: “Esse julgamento não é um julgamento das Forças Armadas. Lamentamos que haja pessoas que estão sujeitas a este julgamento, mas não se cuida de julgamento de Forças Armadas”. Avaliou ainda que “não é normal que, a cada 20 anos, nós tenhamos eventos de tentativa ou de ruptura do tecido constitucional”.

Dino falou, em seu voto, contra o cabimento de anistia ou indulto a crimes contra a democracia. Ele afirmou que a história do Brasil está repleta de anistias, mas que nenhuma delas foi concebida para beneficiar os “altos do modelo”, ou seja, aqueles que detinham o poder dominante no momento dos crimes. O ministro destacou que o Plenário do STF já se posicionou sobre o que chamou de “descabimento” desse tipo de anistia, citando como fundamento a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 964.





#Fonte: Metrópoles 
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Entenda os próximos passos do julgamento de Bolsonaro no STF


Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (9) o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.

O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.

Nesta semana, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os outros réus a mais de 30 anos de prisão.

Foram reservadas as sessões dos dias 9,10,11 e 12 de setembro para finalização do julgamento.

Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula. A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023

Quem são os réus?Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Próximos passos

Na terça-feira (9), às 9h, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, será passada a palavra ao relator, ministro Alexandre de Moraes, que será o primeiro a votar.

Em sua manifestação, Moraes vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.

Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre as questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito. Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.

Sequência de votação

Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:Flávio Dino;
Luiz Fux;
Cármen Lúcia;
Cristiano Zanin.

A maioria de votos pela condenação ou absolvição ocorrerá com três dos cinco votos do colegiado.

Prisão

A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada o após a análise dos recursos contra a condenação.

Recursos

Em caso de condenação com um voto a favor da absolvição, Bolsonaro e os demais réus terão direito a mais um recurso para evitar a prisão, a ser analisado também pela Primeira Turma. A condição pode ser obtida com placar de 4 votos a 1, por exemplo.

Com a publicação do acórdão com o eventual placar desfavorável, as defesas poderão apresentar os chamados embargos de declaração, recurso que tem objetivo de esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento. Em geral, esse tipo de recurso não tem poder para rever o resultado do julgamento e costuma ser rejeitado.

Para conseguir que o caso seja julgado novamente e levado a plenário, os acusados precisam obter pelo menos dois votos pela absolvição, ou seja, placar mínimo de 3 votos a 2.




#Fonte: Agência Brasil









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RN: ‘Imensamente grata por ter minha identidade de volta’, diz vítima de mais de 60 socos sobre recuperação da cirurgia

Foto: Reprodução

 A estudante Juliana Soares, de 35 anos, que foi agredida pelo ex-namorado com mais de 60 socos dentro de um elevador, em Natal, usou as redes sociais para falar sobre a recuperação depois da cirurgia de reconstrução facial.

O procedimento foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), na capital potiguar.

“Pouco mais de 30 dias da minha reconstrução facial e sigo colhendo os frutos desse trabalho tão especial da equipe buco maxilo do Huol”, escreveu.

Juliana destacou a importância do procedimento para retomar a própria imagem. “Sou imensamente grata por ter minha identidade de volta e por cada novo capítulo que a vida me permite escrever”, disse.

Segundo ela, o resultado definitivo ainda vai depender do tempo necessário para recuperação. “Ainda não temos o resultado final, pois é tudo muito recente. Só com 6 meses de pós-cirúrgico poderemos de fato concluir o processo de cicatrização. Viva o SUS!”, completou.

Juliana sofreu fraturas nos ossos da face após ser agredida com 61 socos pelo então namorado, Igor Eduardo Cabral, dentro do elevador de um condomínio em Ponta Negra, Zona Sul de Natal, em julho deste ano.

Ela recebeu alta hospitalar em 4 de agosto, após a cirurgia. De acordo com a Polícia Civil, antes da agressão o casal discutiu na área de lazer do residencial, onde o celular da vítima foi jogado na piscina.

No dia 7 de agosto, a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte e tornou Igor réu por tentativa de feminicídio. Ele está preso na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal.

A defesa informou que pediu liberdade provisória, a realização de exames psicológicos e toxicológicos, além da mudança da acusação para lesão corporal.







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Presidente Lula pede mobilização contra projeto de anistia no Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta quinta-feira 4 mobilização contra o projeto que prevê anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita durante encontro com ativistas na comunidade Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG).

“Outra coisa que nós temos que saber, se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. O Congresso, vocês sabem, sabem não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, o governo aprovou quase tudo o que o governo queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda. É uma batalha que tem que ser feita também pelo povo”, disse Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República


A oposição articula a votação da proposta, que prevê perdão aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Na conversa com os ativistas, Lula também defendeu maior participação das periferias em debates nacionais. “É um momento em que a gente precisa politizar nossas comunidades”, afirmou.

O presidente criticou ainda defensores de interferência norte-americana no Brasil. “Nós estamos vendo agora os falsos patriotas nos EUA pedindo intervenção para o presidente Trump [dos Estados Unidos] no Brasil. Os caras que fizeram campanha embrulhados na bandeira nacional, dizendo que eram patriotas, agora estão embrulhados na bandeira americana pedindo para o Trump intervir no Brasil”, declarou.

A primeira-dama, Janja da Silva, também falou durante o encontro e pediu apoio dos ativistas na comunicação. “Nós temos que ser os comunicadores deste governo. Só assim a gente consegue atingir. Se a gente ficar só dependendo da Secom fazer videozinho para colocar no Instagram, não vai funcionar”, disse.

“A gente precisa fazer comunicação boca a boca como a gente fazia 20 anos atrás quando não tinha rede social. A gente precisa voltar a fazer isso nas nossas periferias”, completou.

Esta foi a sétima visita de Lula a Minas Gerais em 2025. O presidente esteve no estado em março, abril, junho, julho e agosto, com agendas em diferentes regiões, incluindo inaugurações, anúncios de obras e encontros com setores da indústria.
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Golpe não se consumou porque não teve adesão dos comandantes militares, diz Procurador, Gonet

Antonio Augusto / STF / Divulgação

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou no julgamento da suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) que o golpe só não se consumou devido à resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. Ele ressaltou que a proposta partiu do “chefe maior das Forças Armadas”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gonet terá duas horas para apresentar a manifestação, após a leitura do relatório do caso feita pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. O procurador destacou que o plano fracassou diante da recusa dos militares em aderir.

“O golpe não se consumou, uma vez que bastante tentado, não obteve a adesão dos comandantes do Exército e da Aeronáutica [… ] O plano de golpe foi apresentado pelo comandante maior das Forças Armadas: o presidente da República [Jair Bolsonaro]. O golpe não se consumou pelo respeito do Exército e da Aeronáutica”, sustentou Gonet.

A fala do PGR ocorre logo após a leitura de relatório pelo ministro Alexandre de Moraes.




#Fonte: Metrópoles

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Bolsonaro decide não acompanhar julgamento no STF, diz advogado

Foto: Ton Molina/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não comparecer ao julgamento do plano de golpe que começa nesta terça-feira (2), na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi confirmada pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno.

A defesa diz que o ex-presidente gostaria de ir ao STF, mas as condições de saúde prevaleceram para que ele, que está em prisão domiciliar, decidisse não comparecer às sessões que podem condená-lo a mais de 40 anos de prisão por acusação de tramar um golpe de Estado.

A ida de Bolsonaro ao STF dividiu seu entorno. Advogados, médicos e familiares recomendaram que ele ficasse em casa e assistisse pela TV por causa da saúde. Já aliados políticos defendiam que o ex-presidente comparecesse para passar um recado político.

Aliados de Jair Bolsonaro dizem que o ex-presidente está sereno às vésperas do julgamento que pode condená-lo por plano golpista. Apesar disso, apresenta uma forte crise de soluço.

Nesta segunda-feira (1º), Bolsonaro recebeu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a parlamentar fez uma oração pelo ex-presidente.



#Fonte: CNN Brasil

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RN: Mulher agredida com 61 socos dentro de elevador em Natal mostra evolução após 30 dias de cirurgia na face

Foto: Brunno Rocha/Inter TV Cabugi

A estudante Juliana Soares, de 35 anos de idade, que sofreu 61 socos do namorado no elevador de um condomínio em Natal, compartilhou neste domingo (31) um vídeo mostrando sua recuperação após 30 dias, da realização da cirurgia para restauração de ossos do rosto. O procedimento foi realizado no dia (1º) de agosto.

Juliana foi espancada no dia 26 de julho e sofreu múltiplas fraturas na face e na mandíbula. O agressor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso e virou réu por tentativa de feminicídio.

Juliana Soares recebeu alta hospitalar em 4 de agosto, após passar por cirurgia. Ela passou por uma cirurgia de mais de 7 horas para reconstrução facial.

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Ministro Alexandre de Moraes determina que a polícia penal monitore Jair Bolsonaro 24 horas por dia

O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (26) que a polícia penal  monitore o ex-presidente Jair Bolsonaro 24 horas por dia durante a prisão domiciliar.  Agentes devem ser colocados na área externa da residência para vigilância.

A decisão segue na esteira de um pedido da PF (Polícia Federal) e do líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ). Ambos consideraram uma possibilidade de fuga e refúgio na Embaixada dos Estados Unidos.

Em um vídeo publicado na internet, o deputado federal Lindbergh Farias apontou que a distância entre a casa de Jair Bolsonaro e a Embaixada dos EUA em Brasília é de apenas 10 minutos, o que gera risco de evasão para a área da embaixada.

A Embaixada, que fica a cerca de 10 minutos da casa do ex-presidente, é considerada uma extensão do território americano. Por isso, decisões judiciais brasileiras ou eventuais mandados de prisão contra Bolsonaro não poderiam ser cumpridos no local sem autorização do governo dos EUA.

A PGR concordou com a solicitação do deputado e Moraes impôs a vigilância.

Moraes disse que monitoramento de Bolsonaro é necessário para garantir o cumprimento de medidas cautelares determinadas contra o ex-presidente, como o monitoramento por tornozeleira e a proibição de se aproximar de embaixadas, onde poderia solicitar asilo político.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto e está sob uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente está proibido de usar telefone celular e de receber visitas sem autorização judicial, com exceção dos advogados e familiares.






#Fonte: Agência Brasil e CNN

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Ministro Flávio Dino manda PF investigar uso de R$ 694 milhões em emendas Pix sem plano de trabalho

Foto: STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de dez dias para o Tribunal de Contas da União (TCU) detalhar um total de R$ 694,6 milhões em emendas Pix que não tiveram plano de trabalho apresentado. Em decisão deste domingo, Dino determina que esses dados devem ser enviados para cada superintendência da Polícia Federal (PF), visando à instauração de inquérito policial.

Dino afirma que há “situação de parcial descumprimento de decisão judicial” pela não apresentação desses planos.

Emendas Pix são uma forma de envio de recursos por parlamentares a estados e municípios que se popularizaram no Congresso Nacional por ser mais simples execução. A partir dessa emenda, um deputado ou senador pode mandar verba diretamente para a conta de uma prefeitura ou governo estadual — nas emendas “tradicionais” o recurso é enviado para um projeto ou serviço específico.

Em uma série de decisões a respeito das emendas parlamentares, o STF determinou a apresentação de planos de trabalho para a execução das emendas Pix. Trata-se de um documento com os detalhes sobre como o recurso será usado.

Nessas decisões anteriores, o ministro também determinou o cadastramento, pelos beneficiários, dos planos de trabalho de emendas Pix referentes aos exercícios de 2020 a 2024.

Agora, o TCU informou ao ministro que restam 964 casos de planos de trabalho não cadastrados relativos ao período de 2020 a 2024.

Diante disso, ele determina que o presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, junte a identificação das emendas individuais referentes a esses 964 planos de trabalho não cadastrados, a fim de que as informações sejam enviadas para cada Superintendência da Polícia Federal, “visando à instauração de Inquérito Policial”. O valor total de R$ 694 milhões correspondente a tais planos de trabalho, também deve ser individualizado por estado e município.

Na decisão deste domingo, Dino ainda reforçou que é de competência do TCU a fiscalização dessas emendas, mas que isso não impede a cooperação dos tribunais de contas estaduais na apreciação das prestações de contas. Essa colaboração pode se concretizar, cita o ministro, mediante a celebração de

parcerias entre o TCU e as áreas técnicas dos TCEs, bem como pela convocação excepcional de conselheiros das cortes de contas estaduais.





#Fonte: O Globo

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RN: Mulher que levou 61 socos dentro de um elevador em Natal, compartilha rotina de recuperação após quase um mês da agressão

Foto: Divulgação

Quase um mês após ter sido agredida com 61 socos pelo namorado dentro de um elevador em Natal, Juliana Soares, de 35 anos, vive um momento de recuperação, após passar por uma cirurgia de reconstrução facial, e tem detalhado essa rotina nas redes sociais.

Juliana foi espancada no dia 26 de julho e sofreu múltiplas fraturas na face e na mandíbula. O agressor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso em flagrante, e teve a detenção transformada em prisão preventiva, após passar por audiência de custódia. Ele virou réu por tentativa de feminicídio.

Na rede social, Juliana compartilha fotos sobre o processo de retomada da vida, além de receber mensagens de apoio de amigos e de seguidores.

Um das postagens mais recentes foi da última quarta-feira (20). Juliana foi homenageada por uma universidade em Natal durante uma colação de grau de vários cursos. Na ocasião, ela recebeu uma medalha de honra que é concedida a personalidades que se destacam por trajetórias e ações que inspiram transformação social.

“Sinto-me muito honrada com essa homenagem. Fico feliz em poder representar as mulheres de uma forma positiva e agradeço a toda solidariedade e esse prêmio que recebi”, disse Juliana, após receber a homenagem.





#Fonte: g1/RN

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Em seminário, Ministro Alexander de Moraes disse que “só um judiciário independente é respeitado”

Foto: Ton Molina/STF

O ministro Alexandre de Moraes, ministro do STF, em seminário realizado no Rio de Janeiro, defendeu a independência do Judiciário criticando juízes que não resistem à pressão.

Alexandre de Moraes recebeu sansões dos Estados Unidos  em razão da sua atuação em processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. No discurso o ministro criticou a polarização política e os ataques que vem recebendo de dentro e de fora do Brasil. “Os ataques podem continuar a ser realizados, de dentro ou de fora, pouco importa”.

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Bolsonaro recebeu R$ 30 milhões em um ano, diz relatório da Polícia Federal


Foto: Antonio Augusto/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em suas contas bancárias um volume total de R$ 30 milhões no período entre março de 2023 e fevereiro de 2024, de acordo com relatório de análise da Polícia Federal. As transações foram consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que repassou as informações à PF. O documento aponta que essas movimentações indicam suspeitas de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos”.

O relatório da PF faz parte da investigação sobre tentativa de obstruir o julgamento da ação penal do golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal. Nessa investigação, Bolsonaro e seu filho Eduardo foram indiciados pelos crimes de coação no curso de processo e abolição do estado democrático de direito.

Procurada nesta quinta-feira, 21, a defesa do ex-presidente não havia se pronunciado sobre a movimentação financeira destacada pelo Coaf até a publicação deste texto.

Segundo o relatório, a maior parte dos depósitos veio de transferências por Pix. O documento registra que Bolsonaro recebeu 1.214.254 depósitos via essa modalidade de transação.

No total, ele arrecadou R$ 19.279.915,45 mediante Pix. O valor representa 64% do dinheiro que entrou nas contas de Bolsonaro. Os depósitos foram feitos por doações voluntárias de seguidores do ex-presidente principalmente em 2023. Na época, Bolsonaro agradeceu publicamente a ajuda financeira, sendo que a cifra mencionada por ele fora de R$ 17 milhões.

A maior parte dessa movimentação foi destinada ao pagamentos de advogados e depósitos em aplicações financeiras. “No período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos”, escreveu a Polícia Federal.

Nesse período, os dois escritórios de advocacia que defendiam o ex-presidente receberam R$ 6,6 milhões, de acordo com a PF. “Quanto aos débitos, mais de cinquenta por cento do valor total movimentado no período referem-se a aplicações em CDB/RDB, concentradas em 6 lançamentos, que somaram R$ 18.325.000,00”?, diz a PF.

A PF também identificou um grande volume de transações no período de dezembro de 2024 a junho de 2025: R$ 22 milhões em movimentações.

Foi nessa época que Bolsonaro transferiu R$ 2,1 milhões para seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e outros R$ 2 milhões para sua esposa Michelle.

Para a PF, os repasses a Eduardo serviram para financiar suas ações nos Estados Unidos contra o governo brasileiro, enquanto a transferência para Michelle tinha o objetivo de driblar um eventual bloqueio de suas contas bancárias.

Filhos e Michelle

Com base nos dados do Coaf, a Polícia Federal também identificou movimentações atípicas de dois filhos do ex-presidente, Eduardo e Carlos, além de Michelle.

No caso da ex-primeira-dama, ela recebeu créditos de R$ 2,9 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024, além de ter gastado R$ 3,3 milhões no mesmo período. A maior parte dos recebimentos foi proveniente de uma empresa da qual ela é sócia, a MPB Business, que creditou para ela R$ 1,9 milhão.

As transações de Eduardo Bolsonaro que foram consideradas atípicas incluem o recebimento de R$ 2,1 milhões transferidos por seu pai e uma operação de câmbio de R$ 1,6 milhão.

No caso de Carlos Bolsonaro, a PF diz que ele recebeu R$ 4,8 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

O documento cita que, no período, o filho do ex-presidente recebeu um pagamento de R$ 700 mil do empresário Mario Pimenta de Oliveira Filho.

Procurado pela reportagem, Oliveira Filho confirmou o pagamento e disse que ele é referente à compra de um apartamento que pertencia a Carlos Bolsonaro, na Tijuca.

O comprador contou ter feito a aquisição sem saber quem era o proprietário, informação que só obteve no ato da assinatura de documentos em cartório. Mário Filho atua no ramo de oficinas de automóveis.

Oliveira Filho disse que mora no prédio e comprou o apartamento, no andar de baixo, para receber uma familiar que enfrentava problemas de saúde.

“Não sabia que era dele. Pela documentação, vi que pertencia a ele desde 2003, salvo engano. Não sou do ramo da política, sou comerciante”, disse o empresário, que relatou ter colocado o imóvel novamente à venda.

‘Surpresa’

Ontem a defesa de Bolsonaro divulgou nota na qual afirma que “recebeu com surpresa” o indiciamento do ex-presidente no inquérito da PF. Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser asseguram “que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta” pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No seu despacho desta quarta, 20, Moraes deu prazo de 48 horas (que termina na noite de hoje) para que os defensores do ex-presidente esclareçam os “reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”.

Bolsonaro foi alvo de restrições – como uso de redes sociais, obrigação de usar tornozeleira eletrônica – e teve prisão domiciliar decretada após o anúncio de sanções econômicas dos Estados Unidos da produtos importados do Brasil.

A depender da resposta da defesa, o ministro pode decretar a prisão preventiva do ex-presidente – dessa vez, numa cela. A decretação da prisão domiciliar gerou incômodo entre ministros da Corte.

Em caráter reservado, alguns consideraram a medida desnecessária naquele momento. Com a previsão de julgamento do ex-presidente para o início de setembro, o ideal, na visão de integrantes do STF, seria o réu aguardar em liberdade.

Celular

Os arquivos recuperados pela PF no celular do de Bolsonaro – um conjunto de mensagens, áudios e documentos -, segundo o relatório final da investigação, demonstram uma preocupação em concretizar sanções dos Estados Unidos ao Brasil. No aparelho também foi recuperado um suposto plano de pedido de asilo político na Argentina.

Assessores do STF e pessoas próximas de ministros afirmam que a avaliação interna é a mesma de dias atrás: prender Bolsonaro agora teria o condão de ampliar os ataques à Corte e a crise entre o Brasil e os EUA. Às vésperas do julgamento, a maioria dos ministros teria preferência por manter o caso em “fogo baixo”.

Assim como em outras ocasiões, Moraes não informou previamente aos colegas que divulgaria anteontem as mensagens de Bolsonaro, a menos de duas semanas do julgamento, agendado para começar no dia 2. Se mandar prender o ex-presidente, provavelmente o relator agirá da mesma forma.

Após a divulgação das novas provas, ministros do STF optaram pelo silêncio, na tentativa de diminuir a pressão pública contra a Corte.





#Fonte: Estadão






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Polícia Federal deixa cela pronta para eventual prisão de Bolsonaro; divulga CNN




Foto: Reprodução


A Polícia Federal já tem pronta uma cela especial temporária para o caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre recolhimento domiciliar.

Trata-se de um espaço no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, localizada no Setor Policial de Brasília.

A cela é, na verdade, uma sala que foi improvisada e preparada, com banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão, nos moldes da que abrigou o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da PF no Paraná, em Curitiba, em 2018 e 2019.

Outro ex-presidente preso, Fernando Collor de Mello, também ficou temporariamente preso em uma sala especial como cela em Maceió (AL) – a sala do diretor do presídio estadual. Juristas avaliam que ex-presidentes têm essa prerrogativa em eventuais prisões.

A “cela de Bolsonaro”, como vem sendo chamada por policiais no DF, é para custódia individual e pode ser ocupada por outras autoridades.

Integrantes da PF explicam que ela foi montada há mais de três meses e que não tinha foco específico em Bolsonaro, mas poderia ser usada para qualquer autoridade presa.

Sob reserva, delegados explicaram que avaliam possibilidades, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a medida extrema de prisão fechada. Com isso, haveria alternativas de prisão militar, já que Bolsonaro é do Exército; em batalhão da Polícia Militar do DF, como foi no caso do ex-ministro Anderson Torres; ou a própria Superintendência da PF.

Se essa terceira possibilidade for concretizada, a cela especial está pronta para cumprimento do mandado.

A sala foi montada e reestruturada após a cúpula da PF e a Vara de Execuções Penais do DF consultarem a Superintendência para checar se haveria um lugar específico para custodiar o ex-presidente – e esta foi a cela destacada para ele. Na sede da PF não há espaço para acomodação.

Bolsonaro foi indiciado em mais um inquérito nesta quarta-feira (20) pela PF por coação no curso de processo e Abolição do Estado Democrático de Direito.

A PF entende que ele e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuaram juntos para que os Estados Unidos sancionaram o Brasil e a Justiça brasileira para interromper o processo e julgamento de plano de golpe de Estado, onde Bolsonaro é réu.




#Fonte: CNN






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Mantida decisão que reconhece legalidade em lei sobre distribuição de absorventes em município do RN

Foto: Reprodução

O Tribunal Pleno do TJRN negou provimento ao agravo interno interposto pelo prefeito de Lajes contra decisão que reconheceu a constitucionalidade da Lei Municipal nº 894/2021, que instituiu a distribuição gratuita de absorventes higiênicos em escolas e unidades de saúde do município.

O prefeito sustentava que a norma apresentava vício de iniciativa e usurpava competência privativa do Executivo, prevista no artigo 51 da Lei Orgânica Municipal, ao criar despesa pública e interferir nas atribuições da administração. Também questionava a aplicação do Tema 917 da Repercussão Geral do STF, utilizado pela Vice-Presidência do Tribunal para negar seguimento a recurso especial.

Na visão da Prefeitura, a lei extrapolaria a competência legislativa municipal ao atingir diretamente atribuições administrativas e o regime jurídico dos servidores.

O colegiado, entretanto, reafirmou que a legislação não invade a esfera de competência do Executivo. Destacou que, conforme o Tema 917 do STF, não há usurpação de competência quando a lei cria despesa sem alterar a estrutura administrativa, as funções dos órgãos ou o regime jurídico dos servidores públicos.

Segundo a relatora, desembargadora Berenice Capuxu, a norma apenas autoriza a distribuição de absorventes, sem interferir na organização da administração municipal. Ela ressaltou que a alegada inconstitucionalidade formal não se aplica ao caso, distinguindo-se de precedentes em que leis foram anuladas por efetiva ingerência na estrutura e no funcionamento do Executivo.

O Tribunal reconheceu ainda que existem precedentes em outros municípios onde leis semelhantes foram consideradas inconstitucionais, mas frisou que isso ocorreu apenas quando houve invasão da organização e gestão do Executivo, situação diferente da analisada em Lajes.

Mantida decisão que reconhece legalidade em lei sobre distribuição de absorventes em município do RN Mantida decisão que reconhece legalidade em lei sobre distribuição de absorventes em município do RN Reviewed by CanguaretamaDeFato on 20.8.25 Rating: 5

Após Moraes ser afetado por Magnitsky, Ministro Dino diz que leis e decisões de outros países não valem no Brasil

Foto: Gustavo Moreno/STF/

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira que leis e ordens administrativas ou judiciais de outros países não produzem efeitos no Brasil de forma automática. O despacho foi feito após os Estados Unidos sancionarem o ministro Alexandre de Moraes com a”Lei Magnitsky, que impõe restrições econômicas como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo americano.

Dino também convocou uma audiência pública para aprofundar a discussão e comunicou a decisão ao Banco Central, à Federação Brasileira de Banco (Febraban) e entidades do setor financeiro, para evitar que ordens externas interfiram em operações no Brasil sem chancela do STF.

Na decisão, Dino destacou que, nos últimos anos, “ondas de imposição de força de algumas nações sobre outras” passaram a agredir postulados essenciais do Direito Internacional, com tratados sendo “abertamente desrespeitados”, inclusive os que garantem proteção a civis em conflitos armados.

‘Neocolonialismos’

“Instituições do multilateralismo são absolutamente ignoradas. Tratados internacionais são abertamente desrespeitados, inclusive os que versam sobre a proteção de populações civis em terríveis conflitos armados, alcançando idosos, crianças, pessoas com deficiência, mulheres. Diferentes tipos de protecionismos e de neocolonialismos são utilizados contra os povos mais frágeis, sem diálogos bilaterais adequados ou submissão a instâncias supranacionais”, escreveu Dino.

A decisão foi tomada no âmbito da ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que questionou a legalidade de municípios brasileiros contratarem escritórios estrangeiros para propor ações em cortes internacionais relacionadas a desastres socioambientais.

Ao fixar a tese, Dino estabeleceu que normas e decisões de outros países não têm validade automática no Brasil.

“Leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos em relação a pessoas naturais por atos em território brasileiro, relações jurídicas aqui celebradas, bens aqui situados, depositados, guardados, e empresas que aqui atuem”, escreveu o ministro.

Segundo a decisão, tais atos só podem produzir efeitos em território nacional caso sejam homologados pela Justiça brasileira ou incorporados ao ordenamento jurídico por meio de mecanismos formais de cooperação internacional. O ministro também determinou que Estados e municípios brasileiros estão impedidos de propor novas demandas em tribunais estrangeiros.

Evento vinculante

A decisão tem efeito vinculante e afasta a possibilidade de que determinações unilaterais de governos ou cortes estrangeiras interfiram em contratos, bens ou direitos estabelecidos no Brasil. Nos bastidores do STF, a avaliação é a de que a decisão de Dino serve como um “reforço” a respeito da não-aplicabilidade de leis e ordens judiciais estrangeiras no Brasil.

Na ação apresentada ao STF em 2024, o Ibram menciona ações apresentadas pelos Executivos municipais brasileiros em países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda. Entre eles estão ações de ressarcimento relativas aos acidentes de Mariana e Brumadinho – tema que está em andamento também na Justiça brasileira.

O governo dos Estados Unidos anunciou no dia 30 de julho a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Ele é o primeiro brasileiro sancionado diretamente pela norma. A sanção ocorre após a escalada da crise entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e governo e Judiciário brasileiros.

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