Gabarito oficial do Enem será divulgado pelo Inep nesta quinta-feira

Cristine Rosado, do Nosso Cei, afirmou que alunos demonstraram amadurecimento| Foto: Magnus Nascimento

Um dia após as provas da primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio de 2025, cerca de 3,51 milhões de participantes aguardam a divulgação do gabarito oficial das questões objetivas do Enem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Porém, todos vão ter que esperar até quinta-feira (13) para conferir o número de acertos na prova.

A data foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em entrevista coletiva, em Brasília, sobre o balanço do primeiro dia de aplicação das provas, realizada na sede do Inep, em Brasília, na noite deste domingo (9).

No dia 13, os interessados poderão conferir o gabarito oficial das primeiras provas objetivas, no portal na seção Provas e Gabaritos.
A divulgação anunciada antecipa a previsão que constava no edital de abertura do Enem 2025, de que ocorreria até o décimo dia útil após o segundo dia de aplicação, ou seja, até 28 de novembro. A segunda prova será aplicada no dia 16 de novembro.

Primeiro dia

Nesse domingo (9), cerca de 3,51 milhões de participantes resolveram 90 questões, sendo 45 de linguagens e 45 de ciências humanas, além da redação para desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo, com o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira.” As provas do Enem 2025 foram aplicadas em 164.906 salas, distribuídas em 1.805 municípios de todas as 27 unidades da federação.

Em Natal, o movimento começou antes mesmo do meio-dia na Uninassau Roberto Freire, um dos maiores locais de aplicação do Enem. Candidatos e familiares chegaram com horas de antecedência, temendo atrasos e buscando controlar a ansiedade antes do fechamento dos portões, marcado para as 13h. O clima era de expectativa, alívio e esperança entre os mais de 113 mil inscritos no Rio Grande do Norte.RN teve mais de 113 mil inscritos no Enem 2025| Foto: Magnus Nascimento


Entre os primeiros a chegar, o estudante Arthur Chocrón, do Colégio CEI Romualdo Galvão/Roberto Freire, disse ter se adiantado por precaução. “Eu cheguei porque eu estava meio nervoso de perder a hora. Foi muito difícil o ano todo, tendo aula às vezes o dia todo, sete horas da noite, assim, mas agora dá para ver que valeu a pena, assim, todo. Os professores me ajudaram muito e é isso”, afirmou.

A mãe, Andreza Chocrón, acompanhou o filho até o local de prova. “É uma emoção fora do comum, né? Porque muitos anos de preparação, principalmente o pré, que é um ano de muito estudo, muita dedicação. E agora é só ter tranquilidade, fazer uma boa prova e, se Deus quiser, adquirir um excelente resultado”, considera.

Para a diretora pedagógica do Colégio CEI Romualdo Galvão/Roberto Freire, Cristine Rosado, a presença antecipada dos alunos nos locais de prova demonstra o amadurecimento. “A preparação é de uma história, não de um ano, não de uma revisão, não de um dia. Então é importante eles lembrarem disso. Vem uma trajetória de formação desenvolvida nas nossas escolas”, relata.

A diretora da unidade, Flávia Nóbrega, destacou que o momento é resultado de uma trajetória de formação e acolhimento. “Não foi uma preparação que aconteceu só nos últimos meses. É uma preparação contínua que vem desde os anos iniciais, na verdade, na nossa escola”, relata.

O professor Madson Rodrigues, de Geografia, reforçou a importância de estar atento às temáticas atuais. “Como houve uma atualização recente no Banco de Questões, a gente da área de ciências humanas está apostando bastante nas temáticas atuais. Os estudantes do CEI são muito bem preparados. Tivemos muitos simulados e aulas temáticas. É uma preparação constante”, considera.

Na área de História, o professor Andrey Fernandes lembra que o conteúdo interdisciplinar pode ser um diferencial. “As principais temáticas que nós apostamos aí com os estudantes durante o ano envolvem principalmente história contemporânea, geralmente questões ligadas à história do Brasil, república, e também a questão de Idade Média, que quase sempre cai. Tudo isso também dá repertório para que ele possa utilizar também na prova e com argumentos que podem levar, quem sabe, a uma nota 1000, que é o tão esperado pelos estudantes”, afirma.

O professor Thiago Brasil, de Redação, lembrou que o segredo está em seguir a estrutura correta do texto dissertativo. “A primeira coisa é ele entender que o texto é composto por quatro parágrafos. O primeiro é a introdução, depois um parágrafo argumentativo 1, outro argumentativo 2 e, por fim, a proposta de intervenção. Cada parte da estrutura tem uma especificidade. Claramente, o aluno do CEI já sabe muito bem disso. A gente trabalhou muito, lapidou muito, enfatizamos estrutura e repertórios”, relata.

A professora Francielly Freire, de Linguagens, reforçou que temas clássicos devem aparecer novamente. “Todos os anos nós esperamos variação linguística, figuras de linguagem, questões relacionadas a preconceito linguístico e gêneros textuais. São objetos que sempre aparecem e que estão no nosso radar em todas as aulas. Eles são preparados desde muito cedo e, no pré, nós intensificamos tudo isso com aulas de revisão”, confirma confiante.

A psicóloga do ensino médio, Isis Barreto, lembrou que o domínio emocional pode ser um diferencial no desempenho. “A palavra de ordem hoje é confiança. Confiar em tudo que foi construído até aqui, confiar que os professores e a equipe prepararam eles da melhor forma e que eles também estão prontos para colocar na prova tudo que sabem”, afirma. Ela destaca que, mesmo já em sala, o aluno foi preparado para manter a calma nos primeiros minutos de aplicação.

O coordenador educacional da 3ª série, Francisco Neto, também avaliou com otimismo a preparação da turma. “Eles passaram um ano se dedicando, é o ciclo de três anos de ensino médio e esse ano é a combinância. Foram meses de revisões, novos conteúdos, aprendizagens e o apoio constante da nossa equipe de psicologia, já que é um período de muita ansiedade e de decisões importantes”, relata.




#Fonte: Tribuna do Norte